PMDB DE PAIÇANDU FOI DESTITUIDO

PMDB destitui 72 diretórios municipais

Fonte: Fábio Linjardi

O mal desempenho do PMDB nas últimas eleições no Paraná levou a executiva estadual da legenda a anunciar a intervenção em 72 diretórios municipais.

A medida, que atinge as cidades onde o partido não elegeu 10% dos vereadores, inclui a destituição do senador Roberto Requião da presidência da executiva de Curitiba.

Foram poupados os diretórios das cidades em que, apesar do índice mínimo de vereadores não ter sido atingido, foram eleitos prefeito ou vice-prefeito, situação que livrou Maringá de intervenção.

Divulgação

Osmar Serraglio; presidente da sigla alega estar cumprindo promessa

O deputado federal Osmar Serraglio, presidente do diretório estadual, diz que está simplesmente cumprindo o estatuto e a promessa feita durante a eleição para o comando da sigla – a convenção foi em dezembro do ano passado, com vitória de Serraglio sobre Requião.

“Nós ganhamos a eleição do diretório com a pregação de que estávamos indo à deriva. Precisávamos fazer algo e essa intervenção não fomos nós que inventamos, já estava prevista por uma regra antes de nós”, justificou.

A executiva estadual baseou a intervenção em uma resolução editada em abril do ano passado, que fixou uma meta para as eleições municipais de 2012: o PMDB teria de eleger pelo menos 10% dos vereadores em cada cidade.

 

DEFESA

“Nós ganhamos a eleição do diretório com a pregação de que estávamos indo à deriva”


Osmar Serraglio
Presidente do PMDB no Estado

A pena para quem não atingisse a cota seria a dissolução do diretório local. Uma relação das cidades que tiveram o diretório dissolvido foi publicada no diretório do PMDB do Paraná, incluindo Maringá. Segundo Serraglio, o diretório maringaense foi incluído por um equívoco – tendo em vista que elegeu o vice-prefeito, Cláudio Ferdinandi.

A medida atinge os diretórios de 11 municípios da Região Metropolitana de Maringá (RMM), entre eles os de Marialva, Paiçandu e Sarandi. Já entre os maiores colégios eleitorais do Estado, a intervenção tem como alvo, além de Curitiba, as executivas locais de Londrina, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

A “deriva” do partido ficou evidenciada nas últimas eleições, com a redução de 153 para 56 prefeitos peemedebistas – queda de 63%. Em Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina, a legenda só ocupou uma cadeira na Câmara Municipal. Em Maringá e Cascavel, nenhum vereador do PMDB foi eleito.

Requião chamou de “ousadia” a medida de retirá-lo do comando do partido em Curitiba. “É o começo do fim do PMDB. Ou é o começo de uma reação dos verdadeiros e históricos peemedebistas para dizer ‘este partido tem dono, tem tripulação. Os peemedebistas históricos que o construíram ao longo do tempo”, disse, em pronunciamento publicado em sua página na internet.

Serraglio discorda da postura do senador. “Fim do partido era o cenário que encontramos ao assumir a presidência. Esse é o recomeço do PMDB”.